Uma mulher bombeira morreu, esta sexta-feira, alegadamente por intoxicação por monóxido de carbono. A vítima integrava o dispositivo de combate ao incêndio que lavra em Porto de Mós, um dos fogos que está a causar as maiores preocupações aos bombeiros. Na vaga de incêndios que assola Portugal, dez encontram-se ainda por circunscrever.
A bombeira, uma das operadoras de comunicações do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria, foi encontra na manhã desta sexta-feira inanimada no interior da cabine do veículo que coordena as operações de combate ao fogo de grandes dimensões que lavra em Porto de Mós, segundo avançou a rádio ‘TSF’. A morte da bombeira foi confirmada à mesma rádio pelo presidente da Câmara de Porto de Mós, João Salgueiro, que explicou que a vítima terá inalado monóxido de carbono. No entanto, as causas da morte estão ainda por determinar.O corpo foi encontrado por colegas e foi transportado de imediato para o Hospital de Leiria.O incêndio, que deflagrou na quinta-feira às 15h00 na zona de Porto de Mós, estava às 10h00 de hoje a ameaçar as aldeias de Pedreiras, Moleanos, Casais de Santa Teresa e Ataíja, perto do IC2, que se encontra cortado ao trânsito. Uma das freguesias da aldeia de Pedreiras foi, entretanto, evacuada, por precaução.Destacados no combate às chamas que lavram na localidade de Boieira, em Porto de Mós, estavam 323 bombeiros, apoiados por 89 viaturas, um helicóptero e dois meios aéreos.Outro dos fogos que maiores preocupações estava a causar aos bombeiros localizava-se na Herdade da Contenda, na Serra D’Ossa, no concelho de Redondo, Évora. O fogo, que se reacendeu devido ao levantamento do vento, foi dado como controlado pelas 9h36, depois de vários reacendimentos durante a noite. As chamas chegaram a ameaçar a Aldeia da Serra, contudo, a mudança do vento acabou por afastar as chamas da povoação. A ameaça das chamas levou à activação do Plano Distrital de Emergência, o que acabou por não ser necessário.No combate ao fogo, que lavrava em duas frentes, estavam 245 bombeiros, apoiados por 85 viaturas. O ministro da Administração Interna, António Costa, esteve no local para acompanhar a situação. No concelho de Amarante, dois fogos lavravavam nas localidades de Lugar da Várzea e de Carvalhas. Em Lugar da Várzea as intensidade das chamas obrigou ao corte temporário do trânsito do troço do IP4, que foi reaberto pelas 10h52.Pelas 12h00 registava-se em Portugal continental nove fogos activos, sete dos quais por circunscrever. Para além dos mencionados em Porto de Mós, Amarante e Redondo, continuavam por controlar os fogos de Vieira do Minho, Arcos de Valdevez e Melgaço.