sexta-feira, maio 11, 2007

Carta de um prisioneiro politico português

E.P.P.J.25 de Abril 2007

«Se alguém se encontrar na situação de não poder defender os seus direitos, quaisquer que sejam as circunstâncias, contra a agressão de um determinado grupo de pessoas, não há limite para as exigências que lhe serão feitas, nem para as humilhações que terá de aceitar» - Winston ChurchillIrmãos, camaradas e amigos,Passou uma semana desde o meu encarceramento, da prisão domiciliária de outros três nacionalistas, da obrigatoriedade de apresentação diária ou tri-semanal de outros seis, e ainda a implementação de Termo de Identidade e Residência a cerca de duas dezenas.Na semana que se celebra a “liberdade” os nacionalistas não têm motivos para festejar, pois essa liberdade ainda não lhes chegou e com o decorrer dos tempos tem vindo a ficar cada vez mais limitada, sendo o poder político responsável pela consecutiva caça às bruxas típico de um regime inquisitorial onde os nossos activistas são levados à fogueira do politicamente correcto.Estou submetido ao chamado segredo de justiça, ao contrário da acusação que se serve do mesmo para ardilosamente e com a parceria dos Media fazerem da mesma um facto consumado e levar à condenação antecipada do arguido, sem que este veja acautelados os seus direitos, nomeadamente da presunção da inocência até prova em contrário, e do acesso ao processo para melhor defender o seu direito ao bom nome. Mas, curiosamente, esta semana num programa da RTP a jornalista Judite de Sousa questionava António Vitorino sobre o processo que somos alvo e este viola claramente a lei ao referir “as escutas telefónicas ao líder da FN são preocupantes, fala-se de ataques a pessoas de esquerda”. Ora qualquer indivíduo que mostre saber factos que estão reservados, pelo segredo de justiça, apenas ao Procurador do Ministério Público e ao Juiz, deverá responder em tribunal para esclarecer como tomou conhecimento do mesmo para à posteriori ser acusado ou não da violação daquele preceito. O crime que o talvez Dr. ou Eng. Vitorino cometeu foi público, mas obviamente este nunca será importunado.Não descreverei por enquanto os pormenores da minha detenção e do que julgo ser uma orquestração para erradicar o nacionalismo. Mas é um facto que não temos sequer direito a uma breve declaração, já para não lembrar o tempo de antena dado a criminosos ligados à pedofilia ou a casos de corrupção, nem a um simples telefonema de um dos jornalistas que tantas manchetes fizeram a nosso propósito, para explicarmos os contornos e motivos da perseguição de que estamos a ser alvo.Em relação à comunicação social, toda ela dependente dos lobis que os manietam, tem falhado e muito na campanha de desinformação e demonização que está a ser feita contra os nacionalistas, e posso dar um exemplo bastante esclarecedor da ambiguidade e dualidade de critérios que estes têm mostrado, por exemplo com os terroristas assassinos das FP-25 que esta semana foram tratados como heróis quando são responsáveis pela morte de pelo menos nove pessoas, entre elas uma criança de quatro anos, assaltos a bancos e a carrinhas de valores, extorsão, sequestros e raptos, atentados à bomba, ofensas corporais graves, etc. Sobre eles dizem os jornalistas que eram actos revolucionários e que serviram para financiar a luta política, sendo assim, parece que tudo é legítimo quando se trata da extrema-esquerda e tudo é ilegal quando se trata da “extrema-direita”, até escrever umas linhas pode constituir um “crime horrendo” aos olhos da escumalha de Abril.A minha prisão não está a ser fácil, não é para ninguém e muito menos para um nacionalista, sendo que até à data não tenho qualquer queixa do sistema prisional que tem sido normal, nos vários serviços, quer comigo quer com qualquer outro recluso, pelo que me dá a perceber. Dentro dos possíveis a minha segurança está garantida, portanto podem os mais apreensivos estar descansados.O que mais me desmotivaria e que me levaria provavelmente a arrepender-me de tudo o que já abdiquei pelo movimento nacionalista, principalmente a infância dos meus filhos que estou agora a perder, seria que os meus camaradas desistissem da nossa luta, vergando-se assim aos políticos traidores e seus lacaios que oprimem a nossa voz.Aproveito para lembrar aos meus camaradas que a nossa luta é política e não é a do caminho para a qual nos querem empurrar, e peço que por favor não se deixem manipular e continuem a dar cartas no activismo nacionalista e que ajudem o PNR a alcançar o objectivo 2009, a entrada de José Pinto-Coelho no Parlamento para que seja a voz de todos os que ao longo destes 30 anos se divorciaram da chamada classe política. O Partido e este homem precisa de vocês e mais ainda precisam os portugueses!A terminar, quero agradecer a todos o apoio que têm demonstrado, das mais variadas formas, e infelizmente durante os próximos tempos vai-me ser difícil retribuir, mas tenham a consciência que ficarão para sempre no meu coração.Nunca me vergarão!!!
Aqui se vê que os grandes homens podem sofrer todo o tipo de agressões fisicas psicologicas mas que não perdem o espirito de guerreiro!!!
Estamos todos contigo camarada!!!!

Acerca de mim

A vida por vezes não nos dá o que queremos mas temos de lutar para conseguir o que desejamos!!!!