O Partido Nacional Renovador considera lamentável a condenação do parlamento português, por unanimidade, à conferência sobre o holocausto realizada no Irão, sendo que esse voto comum não foi dirigido a uma das partes presentes nem sequer a qualquer das suas conclusões, mas sim condenando na generalidade a simples realização da mesma, o que é no mínimo estranho vindo de partidos que se dizem defensores da liberdade de expressão.O PNR entende que este tema devia poder ser discutido livremente, sem dogmas ou tabus, sem censuras prévias ou à posteriori, não só em países como o Irão mas sobretudo no referido «mundo tolerante, democrático e civilizado», já que a liberdade de opinião deveria ser uma das premissas desse tal mundo imaginário.O PNR lembra que o parlamento português não teve atitude idêntica para com a «conferência dos Açores», decisão unilateral e fora do âmbito do direito internacional, que foi o ponto de partida para a guerra no Iraque com consequências muito mais graves e desastrosas na «questão do médio-oriente», referida como preocupação no comunicado do parlamento, do que a simples realização de uma conferência.O PNR lembra ainda que, a propósito do anúncio da criação de um partido pedófilo na Holanda, nenhuma das instituições e organizações que se têm insurgido contra a realização desta conferência, incluíndo os políticos do parlamento português, se dignaram a esboçar sequer um lamento ou indignação.
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